top of page
Buscar

Entre o Astral e o Real: A Origem de Drum Acquired Rhythm

  • Foto do escritor: frederick garofani
    frederick garofani
  • 12 de nov. de 2024
  • 2 min de leitura

Depois de dois anos e meio em silêncio, retorno com uma nova música. E não poderia quebrar esse jejum de maneira mais significativa do que com essa composição que recebi através de um sonho.

Eram 5 da manhã do dia 14 de julho quando, ainda meio atordoado, gravei um áudio dizendo: “sonhei com uma música muito louca”. No sonho, eu me encontrava em uma roda de jam session, cercado por músicos que, em torno de um centro vibrante, tocavam o que viesse à mente. Não conseguia ver rostos nem expressões; meu foco estava nos pés e nas mãos que dançavam e tocavam ao ritmo hipnotizante dessa canção que inventávamos juntos, ali e naquele instante.

Lembro de estar tocando algo como sintetizador ou contrabaixo enquanto uma figura ao meu lado me observava improvisar, guiado pelo que era tocado no cajón. Ela se aproximou e explicou: “Isso que você acabou de fazer se chama drum acquired rhythm. É quando se escuta um ritmo e, a partir dele, se improvisa uma batida ou algo que se pode tocar”. Acordei logo em seguida, com a melodia ainda pulsando na mente, e cantei o ritmo no celular, capturando para sempre aquela harmonia bem definida, com viradas de bateria e uma estrutura clara. Essa música tomaria conta dos meus dias e meses seguintes no estúdio, passando por 34 versões diferentes até chegar às três que lanço agora. São três versões da mesma ideia; por isso, compartilham o mesmo nome, pois todas derivam de uma mesma semente.

Drum Acquired Rhythm é um passeio por um mundo que não existe na nossa realidade, uma extração fiel do que vivenciei no lado de lá, no astral, algo que capturei graças à rapidez com que registrei aquele áudio – e que hoje guardo com grande carinho.

O ritmo, as melodias, os graves, os bongôs, os cajóns e os kicks derivaram dessa memória etérea, que consegui trazer do mundo dos sonhos para o nosso mundo. E hoje, tenho a imensa felicidade de compartilhar essas composições.

A última vez que recebi uma música de forma onírica e tive a capacidade de registrar foi em 2013. Dez anos depois, aqui estou, com mais uma criação vinda diretamente desse universo.

Recomendo ouvir as versões em sequência: IntroDub e Dream. Feche os olhos, deixe-se levar e permita que cada uma o transporte para o mesmo mundo etéreo de onde vieram. Juntas, elas revelam a mesma essência – um universo capturado em três diferentes expressões.

 
 
 

Comentarios


  • Instagram
  • Spotify
  • Youtube

©2024 Frederick Olsen Garofani (todos os direitos reservados)

bottom of page